O PAPEL DO ENSINO DE FILOSOFIA AFRICANA NO PROCESSO DE RESGATE DA ANCESTRALIDADE NEGRA
Palavras-chave:
Filosofia Africana, Ensino, Ancestralidade Negra, Lei 10.639Resumo
A presente pesquisa objetiva refletir sobre o papel do ensino de filosofia africana no resgate da ancestralidade
negra. Entende-se que o apagamento negro faz parte da lógica racista em que ele está inserido. Afinal, se
conhecer-se é o primeiro passo para afirmar-se, como fazer alguém identificar-se com as suas origens se elas
lhe são negadas? A identidade negra pode ser resgatada a partir de um esforço de restauração da história e
reconexão com a ancestralidade por meio do ensino das africanidades, sobretudo, o ensino da filosofia africana.
Reivindicar o direito à filosofia é exigir o que há de mais fundamental na tradição ocidental, é o que faz Muniz
Sodré ao criticar o fato da perspectiva europeia ser tomada como mais válida que qualquer outra, chegando a
questionar se é possível filosofar fora das dimensões europeias. Nesse sentido, no ensino de filosofia africana
repousa a possibilidade de reencontro com as africanidades. Para que isso se esclareça, é feita uma pesquisa
bibliográfica que analisa como se dá o ensino de filosofia africana, sobretudo, após a implementação da lei
10.639, bem como quais desafios esse ensino enfrenta nas escolas. Para tanto, são referenciados autores como
Muniz Sodré, Silvio Almeida e Renato Noguera.