A quem não interessa crianças com senso crítico?
Palavras-chave:
filosofia, ensino, senso críticoResumo
Na história política e educacional do Brasil o ensino de Filosofia teve sua obrigatoriedade garantida em 2008 através do Parecer CNE/CEB nº 38/2006, aprovado em 7 de julho de 2006 do Conselho Nacional de Educação (CNE). A reforma do ensino médio, em 2016, retirou a obrigatoriedade da disciplina em todos os anos escolares, causando manifestações que resultaram na organização da sociedade civil juntamente com os profissionais do ensino de filosofia a reivindicação do retorno da sua obrigatoriedade. Com a nova lei do ensino médio, a Lei nº 14.945/2024, a partir de 2025, Sociologia e Filosofia voltariam a ser obrigatórias, apesar de variarem expressivamente entre os estados. É notório que a permanência do ensino de filosofia nas escolas se configurou uma luta constante para professores/as de filosofia, e a exigência para que essa disciplina seja um direito formativo de crianças e adolescentes brasileiros/as tem movimentado debates que justificam seu ensino já nos anos iniciais e finais do ensino fundamental. A educação para o pensar tanto reivindicada pelos/as professores/as, pesquisadores/as do ensino de filosofia para crianças vem na esteira defendida pelos defensores/as do ensino de filosofia cujo entendimento afirma ser; a atividade filosófica nas escolas o exercício que estimulará crianças e adolescentes a pensar de forma autônoma, encontrando o protagonismo que procuram, mas nem
sempre encontram a oportunidade de desenvolvê-lo em outros espaços fora do cotidiano escolar. Diante das indagações que afrontam o ensino de filosofia para crianças é preciso confrontar a questão que sempre é colocada
como busca de uma resposta para justificar o ensino de filosofia. Para quem o defende é também necessário apontar os interesses de quem recusa o ensino de filosofia, portanto nos cabe tentar demonstrar: A quem não interessa crianças ou adolescentes com senso crítico?
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